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domingo, 23 de dezembro de 2012

Escolhas certas garantem fim de ano saudável

Crédito: aschaeffer/SXC 

Fim de ano e mesa farta é a combinação perfeita das ceias e confraternizações, mas, dependendo do que se coloca no prato, essa dupla pode representar quilos a mais na balança, prejuízos à saúde ou uma combinação equilibrada e saudável. Tudo depende das escolhas. "Durante as comemorações de fim de ano é possível ingerir alimentos saudáveis e evitar os excessos, sem tirar o sabor e o prazer de comer de tudo um pouco", afirma o médico nutrólogo e presidente da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran), Durval Ribas Filho.

Com pratos geralmente muito calóricos, como manda a tradição natalina - de origem europeia, onde nesta época do ano faz muito frio -, as ceias estão repletas de vilões, como carnes gordurosas e doces. Mas sobram também as variações saudáveis: grãos, carnes magras (aves e peixes) e frutas. O segredo para evitar o 'peso' na consciência é a moderação.

Nas ceias de Natal, é comum o consumo de aves como o peru – opção mais saudável em comparação com a carne de porco. O ideal, em todos os casos, é dar preferência aos cortes magros. Já para o Réveillon, a vantagem é o consumo de peixes, como o bacalhau. “O bacalhau é um peixe ótimo, se você desconsiderar o sódio que ele carrega”, destaca a nutróloga Marcella Garcez, que reforça a importância em dessalgar bem o peixe antes do preparo. A lentilha, também consumida no período, é uma leguminosa fonte de proteína vegetal e rica em fibra, explica a nutróloga. “A recomendação é a mesma do consumo de feijão”, ressalta.

Frutas secas, como damasco, banana, maçã desidratada e caju são alimentos ricos em fibras, fontes de antioxidantes e que diminuem a geração de radicais livres, evitando doenças cardiovasculares e até o envelhecimento precoce. Já as frutas oleaginosas, como castanhas e nozes, são fontes de gordura boa para o organismo e possuem, ainda, triptofano, responsável pela fabricação de serotonina, que promove a sensação de saciedade. O consumo, no entanto, deve ser moderado, adverte Marcella, já que elas também são ricas em calorias.

Doces e bebidas
E por falar em calorias, os dois médicos recomendam cuidado com os doces. Para o presidente da Abran, o ideal é “substituir as famosas opções de sobremesa como cremes, pudins, e molhos cremosos por sorvetes e doces de frutas” para ajudar a reduzir as calorias ingeridas. “Os sorvetes que têm leite na composição são hipercalóricos”, ressalva Marcella. Portanto, prefira aqueles que sejam feitos a base de frutas ou iogurte.

Entre as bebidas, a melhor opção é o vinho. Mas tanto ele quanto as outras bebidas comuns às festas devem ser consumidos com moderação. “O ideal é intercalar a bebida com água e nunca usar o álcool para matar a sede”, indica a nutróloga.

Antes e depois
Para compensar as calorias a mais, uma das estratégias é restringir calorias dias antes das festas. A saída, no entanto, é pouco eficiente afirma Marcella. “Isso está totalmente errado. Toda restrição calórica tem a tendência de baixar o metabolismo”, comenta. O certo, destaca, é que seja adotada uma alimentação saudável e equilibrada, que possa ser mantida sempre. “O grande problema não é o que se consome nas festas, mas o que se consome entre as festas”, avalia.

As dietas de emergência também são comuns logo após o fim do ano, especialmente as detox. “Uma dieta de desintoxicação pode ser uma opção para quem passou dos limites, mas não é todo mundo que pode segui-la”, diz Marcella. “Essas dietas devem ser mantidas por pouco tempo e com orientação médica”, acrescenta.

Para quem quer compensar os excessos, a orientação é começar o ano da melhor maneira possível: saudável. Além de garantir melhor qualidade de vida, é possível eliminar os excessos e sem causar prejuízos à saúde. A recomendação é simples: evitar álcool, açúcar, fritura e alimentos industrializados. 


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